Nota por água abaixo

 Em uma tarde, eu estava na biblioteca da escola lendo um livro de poesia.

Estava tão mergulhada em palavras que parecia não existir nada ao redor.

A biblioteca era pequena, mas tinha muitas pessoas e se eu não estivesse tão dentro do livro, poderia sentir dor de cabeça de tanto que elas falavam. 

Quando eu me dei conta o sinal já havia batido há cinco minutos e fui correndo para a sala.

Uma pessoa estava com um copo plástico de água e acabou trombando comigo.

Acabou molhando todo o meu uniforme, fiquei frustrada e ele se desculpou.

Porém molhou também um importante trabalho de Português que eu deveria entregar naquela aula.

Então eu entrei em desespero e comecei a chorar, pois esse trabalho era de recuperação.

Logo em seguida fui ao banheiro e lavei o meu rosto para me acalmar.

Pensando em um jeito de ir embora, liguei para os meus pais.

No entanto, ninguém atendeu. Com a urgência da situação, sabia que não dava para refazer o trabalho.

Quando me dei conta uma amiga minha entrou no banheiro e perguntou porque eu estava tão aflita.

Expliquei a situação para ela e ela me ofereceu ajuda.

Mas quando ela estava me consolando ela deixou meu trabalho cair no chão molhado e cheio de barro.

Então ela se ofereceu para colocar meu nome no trabalho dela.

Aceito a oferta, porém ela queria algo em troca.

Queria que eu fizesse os próximos trabalhos dela, com aperto no coração, aceito no desespero.

Voltei para a sala e a aula estava quase acabando.

Fui até a professora, porém descobri que não adiantou nada, pois o trabalho era individual.

Então acordei de um longo cochilo donde porventura de ter dormido em cima de meu trabalho a professora me deu 4 pela qualidade dele.

Por: Alunos do 9º D